(55+21) 3478-2700
Nome do Estudo: DASH
Referencia Bibliográfica: The New England Journal of Medicine, Abril 1997.
Appel LJ et al. A clinical trial of the effects of dietary patterns on Blood Pressure. N Engl J Med 1997; 336: 1117-24
Link para acesso a versão free do artigo na integra: https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJM199704173361601?articleTools=true
Financiamento: National Heart, Lung and Blood Institute; Research on Minority Health; e National Center for Research Resources of the National Institutes of Health.
Objetivo: Avaliar o efeito de uma dieta rica em vegetais, fibras, e baixos níveis de gordura saturada sobre a pressão arterial de consultório
Metodologia:
Grupos de Comparação: Grupo controle [Dieta padrão da população americana com K+ e Mg++ no percentil 25 (n= 154)]; Grupo dieta rica em frutas e vegetais [Dieta enriquecida em quantidade de frutas e vegetais, com K+ e Mg++ no percentil 75 (n= 154)]; Grupo dieta combinada [Dieta enriquecida em quantidade de frutas e vegetais, com K+ e Mg++ no percentil 75, baixo teor de gorduras saturadas e colesterol (n= 151)]. Os três grupos tinham ingestão semelhante de Na+ 3g/dia.
Recrutamento de 1994 a 1996, estudo multicêntrico, prospectivo, cego para o avaliador da pressão arterial. Seguimento por 3 semanas antes da randomização, e oito semanas após cada dieta especifica.
Foram incluídos pacientes >22 anos, sem uso de medicação anti-hipertensiva, ou com a medicação previamente suspensa, Pressão Arterial <160/95mmHg.
O desfecho Primário estudado: redução da Pressão Arterial Diastólica de consultório.
O desfecho Secundário estudado: redução na pressão sistólica de consultório, e na pressão arterial sistólica e diastólica pela MAPA.
Os resultados:
Conclusão: Uma dieta combinada com maior consumo de frutas e vegetais, e menor ingestão de gorduras saturadas e colesterol resultou em maior redução de PAS e PAD do que a dieta padrão da população americana.
Impacto clinico: A importância do Estudo DASH foi demonstrar que uma dieta rica em frutas e vegetais, com teor controlado de gorduras saturadas, resultou em redução significativa da PA, mesmo com ingestão de Na+ e álcool semelhantes a uma dieta padrão, e com magnitude equivalente a fármacos em monoterapia.
Uma das limitações deste estudo foi ser de curto prazo e não permitir avaliação do efeito de um padrão dietético sobre a pressão arterial, em longo prazo. Bem como, não avaliou os efeitos desta dieta em desfechos duros como os eventos cardiovasculares.
Subsequentemente ao estudo DASH outros padrões alimentares foram avaliados na capacidade de reduzir a pressão arterial e os desfechos cardiovasculares, apresentando resultados igualmente satisfatórios. A Dieta do Mediterrâneo, avaliada no estudo PREDIMED [Estruch R et al. Primary Prevention of cardiovascular disease with a Mediterranean diet. N Engl J Med 2018; 378 (25): 2441-2], reduziu o risco de MACE em 35% entre hipertensos.
Appel LJ et al. A clinical trial of the effects of dietary patterns on Blood Pressure. N Engl J Med 1997; 336: 1117-24
Link para acesso a versão free do artigo na integra: https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJM199704173361601?articleTools=true
Financiamento: National Heart, Lung and Blood Institute; Research on Minority Health; e National Center for Research Resources of the National Institutes of Health.
Objetivo: Avaliar o efeito de uma dieta rica em vegetais, fibras, e baixos níveis de gordura saturada sobre a pressão arterial de consultório
Metodologia:
Grupos de Comparação: Grupo controle [Dieta padrão da população americana com K+ e Mg++ no percentil 25 (n= 154)]; Grupo dieta rica em frutas e vegetais [Dieta enriquecida em quantidade de frutas e vegetais, com K+ e Mg++ no percentil 75 (n= 154)]; Grupo dieta combinada [Dieta enriquecida em quantidade de frutas e vegetais, com K+ e Mg++ no percentil 75, baixo teor de gorduras saturadas e colesterol (n= 151)]. Os três grupos tinham ingestão semelhante de Na+ 3g/dia.
Recrutamento de 1994 a 1996, estudo multicêntrico, prospectivo, cego para o avaliador da pressão arterial. Seguimento por 3 semanas antes da randomização, e oito semanas após cada dieta especifica.
Foram incluídos pacientes >22 anos, sem uso de medicação anti-hipertensiva, ou com a medicação previamente suspensa, Pressão Arterial <160/95mmHg.
O desfecho Primário estudado: redução da Pressão Arterial Diastólica de consultório.
O desfecho Secundário estudado: redução na pressão sistólica de consultório, e na pressão arterial sistólica e diastólica pela MAPA.
Os resultados:
Desfechos |
Mudança no Grupo Dieta Combinada Menos Mudança no Grupo Dieta Controle |
Mudança no Grupo Dieta Combinada Menos Mudança no Grupo Dieta Frutas e Vegetais |
Mudança no Grupo Dieta Frutas e Vegetais Menos Mudança no Grupo Dieta Controle |
p |
PAS em todos os pacientes |
-5,5 |
-2,7 |
-2,8 |
<0,001 |
PAS nos Hipertensos |
-11,4 |
-4,1 |
-7,2 |
<0,001 |
PAD em todos os pacientes |
-3 |
-1,9 |
-1,1 |
<0,01 para grupo Dieta Combinada |
PAD nos hipertensos |
-5,5 |
-2,6 |
-2,8 |
<0,01 para grupo Dieta Combinada |
Conclusão: Uma dieta combinada com maior consumo de frutas e vegetais, e menor ingestão de gorduras saturadas e colesterol resultou em maior redução de PAS e PAD do que a dieta padrão da população americana.
Impacto clinico: A importância do Estudo DASH foi demonstrar que uma dieta rica em frutas e vegetais, com teor controlado de gorduras saturadas, resultou em redução significativa da PA, mesmo com ingestão de Na+ e álcool semelhantes a uma dieta padrão, e com magnitude equivalente a fármacos em monoterapia.
Uma das limitações deste estudo foi ser de curto prazo e não permitir avaliação do efeito de um padrão dietético sobre a pressão arterial, em longo prazo. Bem como, não avaliou os efeitos desta dieta em desfechos duros como os eventos cardiovasculares.
Subsequentemente ao estudo DASH outros padrões alimentares foram avaliados na capacidade de reduzir a pressão arterial e os desfechos cardiovasculares, apresentando resultados igualmente satisfatórios. A Dieta do Mediterrâneo, avaliada no estudo PREDIMED [Estruch R et al. Primary Prevention of cardiovascular disease with a Mediterranean diet. N Engl J Med 2018; 378 (25): 2441-2], reduziu o risco de MACE em 35% entre hipertensos.