Uma carta sobre uma mãe: *Terezinha de Magalhães Feitosa*

Autor: Adailton Feitosa Filho

O que dizer de mamãe?
Se papai era a base fundamental da nossa família, mamãe sempre foi a fortaleza.

Dona Terezinha estava sempre alerta a nos proteger de tudo e de todos.

Diante do meu questionamento juvenil: “mamãe, a senhora não confia em mim!?”. Ela tinha sempre a resposta pronta: “Eu não confio é nos outros.”
Era assim, superprotetora.

Não descansava nunca, sempre estava preocupada com “Dá” e “com seus meninos”.

Um dia alguém me disse que eu só deixaria de ser filho quando me tornasse pai. Nada mais enganoso!

Na verdade, nós nunca deixamos de ser filhos... Aos olhos e ao coração das mães, não importa se temos 8 ou 48 anos; sempre seremos crianças que precisam de cuidados...
E Dona Terezinha era, assim, uma super-mãe.

São muitas as lembranças de pequenos inesquecíveis momentos que nos flagram a todo momento: os bilhetinhos que me mandava com tantas palavras de amor; as orações que escrevia e colocava na minha carteira para me acompanhar durante as viagens; os telefonemas no meio do dia para manifestar suas preocupações; as mensagens no WhatsApp para lembrar: “não esqueça que hoje é aniversário do seu tio”; as despedidas nas visitas rápidas, quando sempre dizia: “você sabe que o amo muito, não sabe?”

Quanto orgulho ela tinha da sua família, dos seus irmãos, dos seu filhos e netos... E fazia questão de não esconder!

A família era tudo para ela.

E, hoje, tudo é saudade do que vivemos e falta do que nunca mais teremos, mas algo acalenta nossa alma: mamãe, depois de enfrentar o sofrimento de uma doença cruel, agora, está em paz ao lado de Deus-Pai, a Quem sempre confiou sua vida.

Não! Não temos como fugir da dor da separação, mas sei que ela não nos quer tristes, ela nos quer unidos.

Este é nosso maior compromisso com ela. Manter firme o que mamãe, junto com papai, construiu: uma família unida! Somos - e continuaremos a ser - irmãos com personalidades próprias, mas que se amam antes - e acima - de qualquer diferença; e juntos com nossos filhos, sobrinhos, cunhados, genros, noras, tios, primos e amigos saberemos respeitar o próximo e dar significado a nossa existência, fazendo diferença na vida nas pessoas, até o dia em que estaremos todos juntos novamente.

Que assim seja!

Gratidão, mamãe, por tanto amor!!!