Dra.ELIANE REIKO
Universidade Federal de São Paulo
Na quinta-feira, dia 07 de agosto, foi realizado o Simpósio Deic-Duke, repetindo a parceria, bem sucedida, iniciada no Congresso de 2013. O Simpósio contou com a participação do Dr Adrian F. Hernandez da Duke University que atualizou os conceitos sobre insuficiência cardíaca e sobre os avanços dos dispositivos de assistência para insuficiência cardíaca grave. O Dr Renato Delascio Lopes, Duke University, esteve presente e palestrou sobre o prognóstico dos pacientes com falência de contração do ventrículo esquerdo e insuficiência coronariana. O DEIC foi representado pelo Dr Fernando Bacal que evidenciou os efeitos promissores da Seralaxina como nova terapêutica e os estudos RELAX e RELAX 2.
Dra. CAROLINA CASADEI DOS SANTOS
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
A fisioterapeuta Camila Bertini palestrou sobre reabilitação cardiopulmonar, focando na importância de seu início ainda na internação e sua manutenção após a alta hospitalar.
A Dra. Juliana Rolim reforçou a importância de um retorno ambulatorial precoce e a enfermeira Eneida Rabelo abordou a estratégia de realizar contato telefônico com o paciente após a alta para melhorar a aderência. Dr. Denilson de Albuquerque também estava presente na sessão e forneceu dados sobre o registro brasileiro de insuficiência cardíaca, mostrando que a principal causa de reinternação é má adesão ao tratamento. Para reduzir tal fato, o Dr. Miguel Morita reforçou em sua apresentação, a importância de uma posologia medicamentosa confortável e todos os participantes ressaltaram a nessecidade da aderência terapêutica.
Dr. ESTÊVÃO LANNA FIGUEIREDO
Hospital Lifecenter de Belo Horizonte MG
Dr. Andrew Coats ministrou a conferência “Utilidades clínicas do exercício físico na IC sistólica crônica”. O professor das Universidades de Monash, Austrália, e Warwick, Grã-Bretanha, revelou que, enquanto Braunwald, em 1988, recomendava restringir exercícios em pacientes com IC, as Diretrizes de 2012 os recomendam a todos os pacientes, baseados na metanálise ExTra MATCH e no estudo HF Action, nos quais o exercício diminuiu mortalidade e admissões hospitalares. Recomenda-se combinar exercícios de força com os de resistência. Exercícios intermitentes, com pulsos de maior intensidade, foram mais eficazes. Questões “sem solução”: pouca prescrição de exercícios pelos médicos e pouca aderência dos pacientes.
Dr. EDVAL GOMES DOS SANTOS JÚNIOR
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS
Na manhã do sábado (09/08) ocorreu mais um simpósio conjunto DEIC/ SOBRAC abordando os benefícios e limitações dos dispositivos de estimulação elétrica nos pacientes com insuficiência cardíaca, com discussão dos principais ensaios clínicos, reforçando as recomendações de diretrizes nacionais e internacionais. Moderada por Dr Eduardo Saad (SOBRAC) e Dr Marcus Simões (DEIC), o simpósio, em formato de controvérsia, contou com palestras de Dr Guilherme Fenelon, Dr Renato Barroso, Dr Eduardo Saad, Dr Edimar Bocchi, Dr Leandro Zimerman e Dr Reinaldo Bestetti.
Dr. LEANDRO DINATO
Universidade Federal de São Paulo
Certamente a mesa envolvendo as controvérsias em insuficiência cardíaca aguda foi um dos destaques do congresso do DEIC de 2014. De uma maneira clara e objetiva diversos temas foram abordados, e as provocações tomaram conta do auditório. Em especial, as aulas envolvendo o manejo do IECA e do beta-bloqueador na descompensação cardíaca. Parabéns aos palestrantes e à organização do DEIC.
Dr. BRUNO BISELLI
Instituto do Coração – Incor-HC.FMUSP
Hospital Sirio Libanês
Dr. MARCUS ANDRADE
Médico Assistente da Clínica de IC do Hospital Santa Izabel - Santa Casa de Misericórdia da Bahia
Prof. Assistente de Clínica Médica da Escola Bahiana de Medicina
Na última sessão da sexta feira dia 8 de agosto, a Dra Lidia Zytynski moderou a mesa “Abordagem do choque cardiogênico: o que fazer quando as drogas falham?”. Inicialmente o Dr Marcelo Montera expôs o conceito de “resgate dos órgãos” no choque cardiogênico mostrando a importância da priorização e da rapidez na restauração do fluxo sanguíneo para órgãos-alvo, colocando o suporte circulatório mecânico como principal instrumento para isso. Na sequencia, o Dr Gustavo Gouvea apresentou as principais evidências no uso de cateter de Swan-Ganz concluindo que este deve ser usado de maneira criteriosa na prática clínica, principalmente como ferramenta diagnóstica e de monitorização. Mostrou ainda dados sobre a utilização de balão intra-aórtico, que apesar de questionado nos últimos anos, ainda é o dispositivo mais utilizado no mundo e em comparações com outros dispositivos percutâneos não se mostrou inferior. Dr Fernando Atik descreveu posteriormente em sua apresentação os dispositivos de assistência circulatória ideais dando detalhes da utilização e funcionamento de ECMO, Impella e Tandemheart. A Dra Silvia Ayub em duas apresentações mostrou os principais dispositivos para-corpóreos e intra-corpóreos e suas indicações e, por fim, apresentou as indicações do uso de dispositivos de assistência ventricular direita com as novidades no mercado desses dispositivos e os principais critérios para sua utilização.
Dr. CARLOS ALEXANDRE LEMES DE OLIVEIRA
Universidade Federal de São Paulo
Na sexta feira, a mesa redonda sobre o tema "O coração e o rim na Insuficiência Cardíaca Aguda". Esta mesa, contou com a participação da Dra Fabiana Marcondes Braga, que palestrou sobre a interação cardiorenal, sua relação bidirecional, classificando-a em 5 tipos e a importância da congestão venosa renal e os múltiplos fatores envolvidos nesta relação. A Dra Nadine Claussel mostrou a importância da congestão venosa renal como fator prognóstico nesta síndrome e demonstrou que nem o uso de inotrópicos nem o uso de vasodilatadores tem impacto na proteção renal e sobrevida (estudos SURVIVE, ROSE e PROTECT). A Dra Eliane Reiko Alves mostrou como devemos usar, otimizar e associar os diuréticos na congestão sistêmica grave e a importância desta associação em diminuir a resistência à furosemida. O Dr. Victor Sarli Issa, por sua vez atualizou o uso da solução hipertônica como papel de atenuação na resistência aos diuréticos e por meio dos estudos negativos UNLOAD e CARESS-HF, ficou claro o papel da ultrafiltração no tratamento da ICA. Encerrando esta mesa redonda, contamos com a participação do nefrologista, o Dr.Gustavo Prata Misiara, que nos falou dos diferentes tipos de métodos dialíticos e da não superioridade de um método sobre o outro, cabendo individualizarmos o uso em cada paciente.
Dr. Wallace André Pedro da Silva
Departamento de Cardiologia do Hospital Oswaldo Cruz /Palmas -TO
Em 08.08.14, a Mesa Redonda "Terapia personalizada na IC ", coordenada pela Dra. Nadine Clausel, ex-presidente do DEIC contou com Dr. Ricardo Mourillhe demonstrando que digoxina melhora qualidade de vida e reduz re-hospitalizações. O Dr. Domingos Melo apresentou o CARNEBI trial que aborda DPOC em pacientes com insuficiência cardíaca. O Prof. Pereira Barreto pontuou que a Ivabradina é uma alternativa para aqueles pacientes otimizados com beta-bloqueadores e digital e que permaneçam com FC maior 70bpm. O Dr. Abílio Fragata sinalizou não termos evidências para anticoagularmos IC com ritmo sinusal e por fim o Dr. Luis Beck-da-Silva abordou o uso de Sildenafil na IC direita, refratária ao manejo da congestão.
Dr. PHILIPPE VIEIRA PIRES
Hospital Israelita Albert Einstein
Nesse simpósio, contamos com a presença de três convidados internacionais. Dr. Andrew Coats, do Reino Unido, destacou nosso pouco conhecimento e os resultados decepcionantes dos estudos que tratam da IC com função sistólica preservada e as perspectivas da relaxina e da ularitida no tratamento da IC aguda. Já o Dr. John O’Connell, dos EUA, comentou o papel de cada um dos tipos de suporte circulatório de curto e médio prazo no choque cardiogênico no que diz respeito especialmente ao impacto em mortalidade. E, por fim, o Dr. Martin Cowie, também do Reino Unido, discutiu o papel da ivabradina para o controle da FC e redução de hospitalização em pacientes com IC em ritmo sinusal.
Dra. MÔNICA SAMUEL AVILA
Instituto do Coração (InCor-HC.FMUSP)
Hospital Sírio Libanês
O simpósio de cardio-oncologia foi extremamente educativo. Como os palestrantes estão vinculados a área, a sessão foi prática com evidências atuais. Dra. Silvia Ayub iniciou fazendo um panorama geral do impacto na mortalidade das neoplasias e das doenças cardiovasculares (DCV) no mundo, mostrando que a principal causa de óbito ainda é DCV. O óbito por câncer tem diminuído, apesar de ser a 2a.causa de mortalidade no mundo, devido ao sucesso no tratamento quimioterápico. Todavia, isso aumentou a taxa de cardiotoxicidade, que hoje corresponde a 1% das cardiomiopatias dilatadas. Dra. Silvia Martins se aprofundou na cardiotoxicidade por quimioterápicos mostrando que as principais manifestações são: disfunção ventricular, HAS, isquemia miocárdica, TEP e arritmias. Os principais quimioterápicos cardiotóxicos são as antraciclinas, que tem como principal manifestação a insuficiência cardíaca. Dr. Wolney apresentou o trastuzumab, um anticorpo monoclonal que atua nos receptores de HER2, hiper-expressos em 20–30% das mulheres com câncer de mama. É uma droga que está revolucionando o tratamento do câncer de mama com benefícios expressivos na redução de progressão da doença e mortalidade, entretanto com alta taxa (27%) de disfunção ventricular, levando a cardiotoxicidade tipo II, que pode ser reversível por não alterar a estrutura do miócito. Dr. Pedro demonstrou os métodos mais utilizados para detecção da cardiotoxicidade: a avaliação da FEVE através do ecocardiograma, da ventriculografia radioisotópica e a ressonância nuclear magnética e a avaliação de biomarcadores através da troponina e BNP. O Dr Aguinaldo terminou a mesa falando sobre prevenção e tratamento da cardiotoxicidade, exaltou os benefícios com betabloqueadores (carvedilol), inibidores da ECA e dexrazoxane.
Dr. PEDRO VELLOSA SCHWARTZMANN
Coordenador do SAVIC no DEIC 2014
O curso SAVIC (Suporte Avançado de Vida em Insuficiência Cardíaca) foi criado com o objetivo de sistematizar o atendimento em insuficiência cardíaca. Pela primeira vez, o SAVIC foi realizado sob a tutela da Sociedade Brasileira de Cardiologia durante o Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca, realizado de 7 a 9 de agosto de 2014 em Ribeirão Preto – SP. Com 4 sessões durante o evento, esse curso prático apresentou público acima da expectativa. Foram cerca de 70 médicos participantes durante todo o evento, que avaliaram muito bem tanto a organização do curso como a qualidade dos instrutores. Pela participação acima do esperado associada a boas avaliações, o SAVIC foi considerado um sucesso pela organização do evento e será repetido nas próximas edições do DEIC.
Av. Marechal Câmara, 160
3º andar - Sala: 330 - Centro