Novembro de 2012 (edvalgomes@hotmail.com)
Bart e cols. publicaram os resultados do ensaio clínico CARRESS-HF que randomizou pacientes congestos com insuficiência cardíaca aguda descompensada e sindrome cardiorrenal para ultrafiltração ou terapia farmacológica. O desfecho primário foi a mudança no nível sérico da creatinina e do peso entre o momento da randomização e 96 horas após randomização e o desfecho secundário foi o composto de ausência clínica de congestão, bem estar e dispnéia. Entre Junho de 2008 a Janeiro de 2012, foram incluidos em 22 centros dos Estados Unidos e do Canada, 188 pacientes. O estudo foi suspenso antes da inclusão dos 200 pacientes planejados pela falta de evidência de benefício bem como pelo excesso de eventos adversos associado é ultrafiltração. Em relação ao desfecho primário, houve um aumento da creatinina sérica no grupo submetido é ultrafiltração (p=0,003) sem diferenças quanto a média de perda de peso (p=0,58). Em relação ao desfecho secundário, não houve diferenças na proporção de pacientes com ausência clínica de congestão (p=0,83), no escore de bem estar (p=0,33) ou no escore de dispnéia (p=0,57). O grupo submetido é ultrafiltração apresentou maior taxa de aventos adversos (72% vs 57%; p=0,03) devido principalmente a maior incidência de insuficiência renal, complicações hemorrágicas e complicaçoes relacionada ao cateter. Os autores concluem que o tratamento farmacológico foi superior a ultrafiltração por preservar a função renal e estar associado a menores taxas de efeitos adversos.
Referência:
1. Bart BA, Goldsmith SR, Lee KL, Givertz MM, et al. Ultrafiltration in Decompensated Heart Failure with Cardiorenal Syndrome. N Engl J Med. 2012 Nov 6.
Link para o artigo:
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1210357?query=featured_home
Av. Marechal Câmara, 160
3º andar - Sala: 330 - Centro