Outubro de 2012 | Edval Gomes dos Santos Júnior (edvalgomes@hotmail.com)
Belardinelli e cols. publicaram ensaio clínico randomizado que procurou determinar o impacto de 10 anos de exercícios físicos supervisionados sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) em classes funcionais II e III da NYHA. O protocolo foi iniciado em 1994 e concluído em 2005 com 63 pacientes randomizados para o grupo treinamento (T) e 60 pacientes para o grupo sem treinamento formal (NT). Os resultados demostraram que no grupo T, em termos de percentual do VO2 máximo, o VO2 pico foi mantido acima de 60% (p<0,05 vs grupo NT). O escore de qualidade de vida foi significantemente melhor no grupo T vs grupo NT (43±12 vs 58±14, p<0,05). Durante os 10 anos de seguimento, os pacientes do grupo T apresentaram menor taxa de hospitalizações (HR 0,64; p<0,001) e de mortalidade (HR 0,68; p<0,001). Os autores concluem que exercicíos físicos moderados, supervisionados, realizados duas vezes por semana por dez anos, mantem a capacidade funcional acima de 60% do VO2 máximo e confere melhora na qualidade de vida. Esta melhora foi associada é redução em eventos cardiovasculares maiores, incluindo hospitalizações por IC e mortalidade cardíaca.
Referência:
1. Belardinelli R, Georgiou D, Cianci G, Purcaro A. 10-year exercise training in chronic heart failure: a randomized controlled trial. J Am Coll Cardiol. 2012 Oct 16; 60(16):1521-8.
Link para o artigo:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109712028112
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