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Diferenças Raciais e étnicas na Lista de Espera do Transplante Cardíaco nos Estados Unidos

Julho de 2012 | Monica Samuel Avila (mo_avila@hotmail.com )

Tajinjer e cols realizaram uma avaliação do perfil racial e étnico nos pacientes que estavam na lista aguardando um transplante cardíaco (TC) nos EUA. O objetivo do estudo foi comparar as características entre os pacientes brancos, negros e hispânicos que estavam na fila de espera pelo TC e realizaram uma comparação da mortalidade entre esses grupos enquanto ainda estavam na fila e após o TC. Foram avaliados pacientes com idade de 18 anos ou mais que foram incluídos na lista entre julho de 2006 e setembro de 2010. O desfecho primário foi o combinado de morte na fila ou doença que tirasse o pacientes da fila em 1 ano após a listagem. O desfecho secundário foi o óbito intra-hospitalar após o TC.

Foram incluídos, no período do estudo, 10.377 pacientes. Desses, 7381 (71%) eram brancos, 2205 (21%) negros e 791 (8%) hispânicos. Pacientes negros e hispânicos eram mais jovens em relação aos brancos, tinham maior taxa de sangue tipo O (negros 49%, hispânicos 52% e brancos 42%, p< 0,001), maior incidência de cardiomiopatia idiopática (71%, 55% versus 39%, p < 0.001), pressão de capilar pulmonar > 20mmHg (55%, 54% versus 47%, p <0.001). Negros e hispânicos também eram listados em centros com menor volume de TC (21%, 24% versus 16%, p < 0.001), eram listados em estado de maior urgência (negros 69%, hispânicos 65% versus brancos 54%, p < 0.001) e estavam em uso de inotrópicos quando entraram na fila (39%, 40% versus 30%, p < 0.001). Hispânicos possuíam menos dispositivo de assistência ventricular (brancos 13%, negros 15% e hispânicos 10%) e menos suporte mecânico (brancos 17%, negros 18% e hispânicos 14%). Houve 708 óbitos na fila e 429 pacientes foram removidos da lista por deterioração cardíaca em 1 ano. 10,5% dos brancos, 11,6% dos negros e 13,4% dos hispânicos atingiram o desfecho primário. Em uma análise univariada, os pacientes hispânicos tiveram um maior risco de morte ou doença que limitasse o TC em relação aos outros grupos (HR 1,51, 95% IC 1,23 -1,85). Outras características associadas ao desfecho primário foram: idade mais avançada, cardiomiopatia restritiva, pressão de capilar pulomonar acima de 20 mmHg, listagem em prioridade, suporte inotrópico, ventilação mecânica, balão intra aórtico, suporte mecânico, diabetes e disfunção renal. Após o controle desses fatores e a realização de uma análise multivariada os hispânicos estiveram em um risco 51% maior de atingir o desfecho primário em comparação com os outros grupos (HR 1,51; 95% IC, 1,23- 1,85). Apresentar dispositivo de assistência ventricular (DAV) esquerda com fluxo contínuo e possuir um cardiodesfibrilador implantável foram fatores protetores.Em relação ao desfecho secundário, 6626 receberam um TC, 6273 (95,7%) receberam alta hospitalar e 353 (5,3%) morreram antes da alta. O tempo médio para o TC foi de 74 dias em brancos, 65 dias em negros e 50 dias em hispânicos. A mortalidade intra-hospitalar foi de 5,4% em brancos, 5,9% em negros e 3,6% em hispânicos. Os negros tiveram um risco maior de morte pós TC em relação aos outros grupos (RR 1,53; 95% IC 1,15 ““ 2,03).O estudo conclui que os pacientes hispânicos listados para TC parecem estar sob maior risco de morte na fila de espera ou de apresentar uma deterioração cardíaca a ponto de serem retirados da fila. Uma maior severidade da IC na listagem e o menor uso de DAV podem ter contribuído com esse achado. Os negros possuem um maior risco de mortalidade após o TC. Existem ainda algumas lacunas no estudo que poderiam justificar alguns resultados e que ainda necessitam de maior análise.

Referência:

1- Tajinder P. Singh, Christopher S. Almond, David O. Taylor, Carly E. Milliren and Dionne A. Graham. Racial and Ethnic Differences in Wait-List Outcomes in Patients Listed for Heart Transplantation in the United States. Circulation. 2012;125:3022-3030.

Link para artigo:
http://circ.ahajournals.org/content/125/24/3022.abstract



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