Teste de exercício cardiopulmonar associado à NT-proBNP: marcadores prognósticos na insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

Um estudo realizado pela Universidade de Milão em conjunto com o programa de pesquisa em Fisioterapia Cardiorrespiratória da Universidade do Novo México teve como “end point” primário avaliar se alguma indicação de prognóstico adicional podia ser obtida da combinação do NT-proBNP e anormalidades presentes na fisiologia ventilatória, avaliada pelo teste de exercício cardiopulmonar.

Entre 2006 e 2010 foram avaliados 260 pacientes com ICFER (FEVE = 35%), estáveis e com terapia medicamentosa usual. Foi realizada a mensuração dos níveis plasmáticos de NT-proBNP antes, no pico do exercício e ao longo da fase de recuperação do teste cardiopulmonar, além do VO2max e da curva VE/VCO2.

Os achados do estudo demonstraram que baixos níveis de NT-proBNP foram associados com baixos valores da curva VE/VCO2 e altos valores do VO2 de pico, enquanto altos valores de NT-proBNP foram associados com altos valores da curva VE/VCO2 e baixos valores do VO2 de pico. O principal achado desta investigação foi demonstrar que uma manifestação ventilatória anormal quando combinada com o NT-proBNP é um forte preditor de risco em pacientes com ICFER.

O Prof. Ross Arena é atualmente professor e diretor do departamento de Fisioterapia da Universidade do Novo México, “Fellow” e membro ativo da AHA, ACSM e AACPRP. Possui mais de 100 publicações na área de fisioterapia cardiopulmonar com foco em treinamento e teste de exercícios nas doenças cardiopulmonares. Ele estará no Rio de Janeiro entre 16 e 19 de maio próximo para participar do XVI Simpósio Internacional de Fisioterapia Cardiorrespiratória, onde ira proferir palestras e um curso pratico.

Fontes:
Guazzi M, Boracchi P, Labate V, Arena R, Reina G.Exercise Oscillatory Breathing and NT-proBNP Levels in Stable Heart Failure Provide the Strongest Prediction of Cardiac Outcome When Combining Biomarkers With Cardiopulmonary Exercise Testing. J Card Fail. 2012;18(4):313-20.

Contribuição: Fisioterapeutas Sérgio Chermont e Mônica Quintão (UNIFESO/UFF)