Ponto de Vista
A fisioterapeuta Mariana Cruz Pacheco, da UNIFESP, faz um breve relato sobre as atuais possibilidades de se avaliar a capacidade funcional no paciente cardiopata.
A Insuficiência Cardíaca, como síndrome complexa, exige envolvimento multiprofissional em sua avaliação e conduta, e nesse contexto o papel do fisioterapeuta é essencial, uma vez que os prejuízos às atividades diárias são muitos e a avaliação funcional torna-se fundamental na prescrição e decisão do tratamento, assim como no acompanhamento desses doentes.
O teste de esforço cardiopulmonar é a primeira escolha na avaliação da capacidade funcional desses indivíduos. É considerado padrão-ouro e consiste na medida direta do consumo de oxigênio, variável importante na quantificação funcional. Entretanto, por não ser acessível à maior parte da população, sua aplicabilidade é limitada.
O teste de caminhada de seis minutos é muito utilizado, mas é um teste de caráter não progressivo, pois o paciente caminha na velocidade em que está adaptado.
O teste graduado de caminhada, ou shutlle walk test, é um teste de caráter progressivo, no qual o indivíduo caminha em um corredor de 10 metros em uma velocidade determinada por um bip. O teste dura 12 minutos e o intervalo do bip vai diminuindo gradativamente, necessitando que o paciente caminhe mais rápido para completar os 10 metros.
Em portadores de insuficiência cardíaca o teste graduado de caminhada não foi muito difundido, porém existe a possibilidade de ser utilizado de forma segura para o seguimento desses pacientes e avaliação da evolução da doença, por ser um teste rápido e economicamente viável para os serviços de saúde.
Contribuição: Fisioterapeuta Mariana Cruz Pacheco (UNIFESP)
Av. Marechal Câmara, 160
3º andar - Sala: 330 - Centro