A insuficiência Cardíaca é uma síndrome complexa que envolve tratamento farmacológico e não farmacológico, onde a comunicação entre os profissionais da saúde e o paciente é imprescindível para uma melhor qualidade de vida.
Vários fatores podem contribuir para a não adesão, tais como:
• Custo dos medicamentos;
• Regimes terapêuticos complexos;
• Dificuldade de acesso ao sistema de saúde pública;
• Compreensão do paciente sobre sua enfermidade;
• Quebra de vínculo com os profissionais da saúde (discordância médico-paciente levando a insatisfação);
• Comunicação inadequada sobre como utilizar o medicamento.
As consequências da não adesão medicamentosa são: piora na evolução da doença, redução das capacidades funcionais, menor qualidade de vida, aumento do uso de recursos médicos, desperdício da medicação, visitas hospitalares e reinternação frequentes.
No entanto existem diversas formas que podem contribuir para uma melhor adesão, tais como:
• Envolver os pacientes e a família na tomada de decisões a respeito de seus medicamentos para que eles sejam parceiros no plano de tratamento;
• Utilizar regimes terapêuticos simplificados (reduzir a frequência de administração e o número de medicamentos e substituir com produtos de combinação);
• Orientar o paciente sobre qual o efeito esperado do medicamento;
• Explicar as principais informações ao dispensar um medicamento (o que, porque, quando, como e por quanto tempo tomar);
• Educar os pacientes sobre os efeitos colaterais comuns dos medicamentos que estão tomando;
• Esclarecer como evitar uma reação adversa ao medicamento e se possível, e também convencer o paciente da necessidade de tratamento;
• Criar métodos que evitem o esquecimento do uso dos medicamentos tais como: bilhetes, mensagens no celular, alarmes;
• Desenvolver métodos que auxiliem na adesão como fornecer calendários com os horários de administração dos medicamentos.
O farmacêutico é o profissional de saúde habilitado para realizar orientações sobre uso racional e seguro de medicamentos. Desta forma, a relação entre paciente e farmacêutico é de extrema importância para o sucesso do tratamento.
Contribuição:
Marcela Baldave Carli
Farmacêutica Hcor
Renata Baccaro
Farmacêutica Hcor