Coluna
Viva paralímpicos brasileiros
Em 1945 o neurocirurgião L. Guttmann iniciou um programa de reabilitação
para os veteranos deficientes da Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra. A
primeira competição foi realizada em julho de 1948, com 16 atletas, como
abertura da Olimpíada de Londres. Em 1960 foi realizada a I Paralimpíada em
Roma com 400 atletas de 23 países. Em 2004 o Brasil foi 14o colocado com 41
medalhas. Este ano foi a nossa consagração paralímpica, conseguimos a 7a
colocação com 43 medalhas, sendo 21 de ouro. Dos 186 atletas 85% são
beneficiários da bolsa atleta, o que mostra a seriedade do trabalho. Conto
tudo isso para que nós, publico, possamos reverenciar esses abnegados
guerreiros do esporte, que superam graves deficiências físicas, demonstrando
o valor do ser humano quando quer conquistar algo.
Que tal você (e eu) que gostamos do esporte, que gostamos de manter a saúde
total seja com as corridas de rua (ou de praia), com a natação ou com outros
esportes, incentivemos os amigos e parentes sedentários a se mexerem. Hoje
no elevador, ao me dirigir uniformizado para minha aula com “personal”, um
vizinho ao ver-me comentou que no feriado foi bater uma bolinha com o filho
de sete anos e quase “pôs os bofes pra fora” passando vergonha justo ele que
jogou futebol intensamente e bem na mocidade, e que vem estimulando o filho
a gostar de esportes. Decidiu inicar seus treinamentos orientados JÁ !
O exemplo dos paratletas é emocionante e uma bandeira a ser levada pela
população brasileira. Muitos estudos confirmam que o esportista tem mais
resistência e rapidez que os sedentários, para vencer doenças agudas e mesmo
as crônicas, sendo que as modificações encontradas nos corações dos atletas
paraolímpicos são semelhantes as dos atletas normais. As avaliações médicas
especializadas são globais, considerando o organismo como um todo, no
aspecto das deficiências físicas e de outras doenças presentes com suas
sequelas. Na verdade um trabalho árduo, mas gratificante ainda mais com o
resultado brasileiro em Londres.
Sabemos agora que os atuais países lideres, cresceram muito nessa área do
esporte e da Humanidade, porém esperamos que em 2016, no Rio de Janeiro,
cresçamos e nos emocionemos muito com a superação incrível dos paratletas,
principalmente os brasileiros.
Nabil Ghorayeb
nghorayeb@terra.com.br