Coluna
Doping no esporte olímpico
Falando em Olimpíadas, infelizmente temos que falar do seu maior inimigo, o
doping ou dopagem, cuja definição pelo Código Antidoping do Movimento
Olímpico, citado pelo brasileiro responsável pelos exames do Comitê Olímpico
Internacional, Dr. Eduardo De Rose "é o uso de um expediente que pode ser
potencialmente prejudicial à saúde dos atletas, capaz de incrementar sua
performance e que resulta na presença de uma substância proibida ou na
evidência do uso de um método proibido, no corpo do atleta". Ainda contado
pelo Dr. De Rose, o primeiro caso de doping ocorreu no Paraíso, quando Eva
ofereceu a Adão, o fruto proibido a maçã, que se fosse comida, o
transformaria num ser tão forte e poderoso quanto DEUS.
Na verdade, as notícias são tristes, vários recordistas mundiais
norte-americanos, medalhados em Sidney-Austrália, foram denunciados por
terem usado substâncias dopadoras e desistiram ou foram excluídos da
delegação que vai para Atenas. O que sabemos é que utilizaram de derivados
de hormônio masculino, os anabolizantes, que aumentam o tamanho e a força
dos músculos. Outros tipos de substâncias proibidas são os estimulantes, os
narcóticos, os diuréticos, hormônios e semelhantes. Os métodos proibidos são
transfusões de sangue e outros que modificam a urina. Alguns medicamentos
têm seu uso restrito em algumas modalidades esportivas.
O que nós torcedores e aficionados do esporte limpo, desejamos que os casos
detectados sejam exemplarmente punidos e que sirvam de alerta para que
certos atletas jovens, que querem usar do jeitinho para vencerem uma
competição. Não existem inocentes em nossa opinião, a informação e os
cuidados estão à disposição de todos, principalmente com um noticiário farto
e transparente. O cuidado serve para os esportistas em geral, pois vários
suplementos comercializados por aí, contém substâncias proibidas e
perigosas, como anabolizantes, estimulantes, energéticos emagrecedores, mas
não citados nas bulas. Lembrem do Xenadrine, Ripped Fuel, alguns MEGA-coisa,
que muitos usuários de certas academias consomem, apesar de proibidas pela
Vigilância Sanitária.
Esperamos que cada vez menos tenhamos falsos e dopados ídolos de barro,
vencer é um ato humano de supremacia técnica, psicológica e de força física,
que não deve ser maculado por marginais do esporte.
Esperamos emocionantes vitórias brasileiras na Olimpíada de Atenas, afinal
temos atletas com garra e ótima técnica em várias modalidades, mas o
ufanismo de alguns jornalistas poderá nos trazer grandes frustrações diante
da realidade dos Jogos de Atenas.
Nabil Ghorayeb
nghorayeb@terra.com.br