Coluna


Exercícios Físicos e Diabete

A doença Diabete é aquela em que o açúcar circulante no sangue (glicemia), fonte básica de energia do organismo está elevada, ou seja, em jejum acima de 100 mg/dl e duas horas após uma refeição habitual, a glicemia está alterada, ultrapassando 140 mg/dl. É uma também uma doença crônica como a hipertensão arterial e na maioria dos casos considerada como herança genética, podendo ter outras causas adquiridas como alcoolismo, viroses etc. Hoje é a oitava maior causa de morte no mundo. Temos em geral dois tipos comuns de diabete, aquela que precisa de injeções de insulina (Tipo I) e a que se controla com dieta e medicamentos por boca (Tipo II).

Vamos ao nosso tema, o exercício para o diabético. Considerado fundamental no tratamento do paciente com diabete, ajuda na perda de peso, leva a um melhor "equilíbrio" na metabolização dos carboidratos e açúcar, além de ter efeito protetor para o coração, através da redução do colesterol e do melhor controle quando está associada à pacientes com hipertensão arterial. Por outro lado, na realização de exercícios por pacientes que usam medicamentos orais ou insulina, poderão ocorrer hipoglicemias (queda do nível de glicemia abaixo do mínimo 70 mg/dl. nível mínimo normal de açúcar no sangue.

Isto se deve ao que, essas medicações não permitirem o aumento fisiológico da glicose no sangue ou de sua utilização pelos tecidos, fato necessário ao organismo quando em atividade física. Portanto, a atividade física em diabéticos em uso de medicação deve ser cuidadosamente supervisionada e os responsáveis pela orientação dos exercícios devem saber exatamente o que o nosso esportista em treinamento está tomando. Uma tática para evitar a ocorrência da hipoglicemia é nunca fazer exercícios em jejum e "fracionar" a sua dieta habitual, isto é em 5 a 6 pequenas refeições por dia. Várias são as conseqüências do diabetes para o sistema cardiovascular. Agride as paredes internas das artérias, aqueles vasos que levam sangue ao cérebro (carótidas), coração (coronárias), rins (artérias renais), artérias dos braços e pernas olhos, etc. Com isso leva à ocorrência, respectivamente, da angina ou do infarto, dos acidentes vasculares cerebrais, de insuficiência renal crônica, cegueira. Nos pacientes diabéticos, a maior causa de morte é por obstruções das coronárias, isto é, das artérias que nutrem o coração. O tempo de duração do diabetes é mais importante no desenvolvimento da doença coronariana do que gravidade do diabete, pois leva ao aparecimento ou agravamento de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares como aumentar os níveis de colesterol no sangue, acompanhar uma hipertensão pré-existente ou levar a aumento de pressão arterial secundária a insuficiência renal(uremia). Um dos maiores fatores de risco para o aparecimento do diabetes tipo II é a obesidade que, por sua vez, também é um fator de risco independente para a doença cardiovascular.

Nabil Ghorayeb
nghorayeb@terra.com.br